A copa do mundo no Brasil está sempre rodeada de muitos mistérios, falta de informação e infinitas obras inacabadas que podemos ver nesse nosso país a fora. A maior bandeira levantada para que a copa fosse no Brasil era a economia que seria gerada, ou seja, as empresas iriam investir, gerar empregos, se especializar para receber turistas. O governo iria investir em infraestruturas que ficariam de legado para a população, como disse nosso ex-presidente Lula "O Brasil vai investir em infraestrutura até 2014 o que não investiu em 30 anos", mas as coisas não são bem assim.
É esperado 600 mil turistas estrangeiros e 3 milhões de turistas domésticos durante a copa, que injetariam R$ 25 bilhões na nossa economia. Para um PIB de US$ 2,2 trilhões, o impacto, mesmo se confirmados esses valores, seria quase imperceptível. O que pode ser esperado é um impacto positivo na nossa reputação para o turismo e maior visibilidade, mas isto a longo prazo.
Claro que uns ganham. Os hotéis, as empresas de publicidade, bares, restaurantes e locadoras de veículos estão brindando. Ainda, a exposição de marcas como a Adidas, Oi e Coca-Cola que estarão patrocinando o evento será gigante. Para as construtoras já não será significativo pois as obras já estarão finalizadas (assim esperamos). As empresas aéreas ficarão no empate, pois teremos um aumento significativo no fluxo, mas ao mesmo tempo os preços estão controlados, impedindo superfaturamentos, o que não deixa de ser uma vantagem boa mesmo assim. Obviamente que os brasileiros vão sofrer com um transito bem mais complicado, com possíveis protestos e a baixa produtividade nas empresas em função das paradas nos horários dos jogos, sem falar nos feriados da Copa.
Por mais que se faça muito movimento sobre os investimentos em infraestrutura, ele representa míseros 0,7% do investimento total para a Copa. Mas precisamos ser otimistas, pois são esses investimentos que deixarão o chamado legado da copa. Vamos ter algumas estradas melhoradas, portos e aeroportos melhores estruturados para oferecer uma melhor logística, podendo assim ajudar a fortalecer a competitividade brasileira. Então agora vamos torcer para que tudo dê certo e que possamos colher os melhores frutos da Copa do Brasil.
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