sexta-feira, 18 de julho de 2014

Gaste menos em bares e restaurantes



Sexta-feira é dia de sairmos com amigos e os bares e restaurantes são sempre as melhores opções, estando cada vez mais preparados para esses encontro, de forma direta e indireta. Digo isso porque os restaurantes nos fazem vítimas de alguns truques para gastar mais, quando contratam consultores para desenvolver seus cardápios. E acreditem, os pequenos restaurantes também estão copiando essas técnicas.

Vejamos algumas dessas técnicas psicológicas que os restaurantes tem usado e se previna.

1 – Eles não usam símbolos monetários: De acordo com o estudo realizado pela Cornell University School of Hotel Administration, menus com símbolos relacionados ao dólar vendem menos do que cardápios sem “$” ou algo do tipo. Para a pesquisa, assim que o consumidor nota o símbolo, a lembrança remete ao fato de gastar dinheiro e isso faz com que ele aja com mais cuidado. Então colocar valores só com os algarismos e sem o R$ no cardápio é uma forma de diminuir a cautela com que interpretamos o preço do prato.

2 – Números quebrados são importantes: Os designers de menus afirmam que valores terminados em 9, como 9,99, tendem a significar valor e não qualidade. E, segundo algumas pesquisas, valores quebrados podem ser considerados “amigáveis - mas disso você já sabe desde a moda das lojas de R$1,99.

3 – Descrever a comida aumenta o número de vendas: Um simples descritivo sempre anima o consumidor, afirma pesquisa da Cornell University. Especificamente, menus com pratos explicados de maneira até levemente romântica (sabor frutado, textura delicada e suave, etc. etc.) vendem 27% a mais do que menus comuns, diz o resultado do estudo da Universidade de Illinois. Para o engenheiro de menus Greg Rapp , esse tipo de cardápio “traz o máximo da sensação ao consumidor, aumentando as chances do cliente se sentir satisfeito após a refeição”. Outro fator que também pesa para a formulação dos menus é o uso de grandes marcas dentro dessa descrição (sobremesa feita com sorvete X, por exemplo).

4 - Eles ligam comida à família: Consumidores gostam quando os nomes dos estabelecimentos têm ligações familiares. Com esse tipo de conexão com o cliente, a meta dos restaurantes é apelar para a nostalgia. Então desconfie quando você encontrar a "Macarronada da Mama" ou o "Filé do Tio".

5 – Restaurantes usam termos étnicos para parecerem mais autênticos: De acordo com o experimento realizado pela Oxford, um termo étnico ou geográfico pode atrair a atenção do consumidor para o tipo de comida daquele local, evocando sabores e texturas.

6 – Itens extremamente caros chamam a atenção para os mais baratos: De acordo com Greg Rapp, restaurantes usam artigos muito caros para destacar os baratos. A ideia é fazer com que você não compre o caro, mas crie razões para levar o “baratinho”, que nem sempre é tão barato quanto parece ao lado de um valor mais elevado. De acordo com um artigo da New York Magazine, a única função de um prato com valor de três dígitos no cardápio é dar a impressão de que todo o resto é uma grande barganha - mesmo que não seja.

7 – Restaurantes oferecem dois tamanhos de porções para um mesmo produto: Essa é uma estratégia chamada bracketing, em que o consumidor não possui ideia do tamanho da porção menor, mas assume que o valor vale a pena. Porém, a intenção do restaurante é a de que o cliente realmente compre a menor, para isso inflacionam a porção maior.

8 – Eles analisam os nossos padrões de leitura: Os restaurantes analisam padrões chamados scanpaths - pontos onde as pessoas fixam os olhos para a leitura. De acordo com um estudo coreano, um terço das pessoas está suscetível a pedir o que lhe chamou a atenção de primeira. Por isso, restaurantes colocam os itens mais caros no canto superior esquerdo, já que é o caminho natural tomado pela nossa vista. Essa estratégia também se dá em relação aos valores dos pratos. Colocando um primeiro item com maior valor, todos os outros poderão parecer ótimos preços, como explicamos no item 7.

9 – Eles criam um clima para gastar: De acordo com um estudo da Universidade de Leicester, tocar música clássica em um restaurante pode encorajar o cliente a gastar mais. No entanto, música pop faz com que pessoas gastem 10% a menos.

Então, sigam essas dicas e bom proveito em seu lazer gastronômico

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