quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

E se a CPMF voltar?



Algumas pessoas podem não lembrar, mas para quem vivenciou o pagamento da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira, mais conhecido como CPMF, sabe bem do que estou falando. Para quem não vivenciou, era uma contribuição "provisória" incidente sobre as operações financeira no montante de 0,38% que deveria ter seus recursos destinados a saúde, extinta em 31 de dezembro de 2007.

Sendo uma fonte gerado de R$ 80 bilhões, sem chance de sonegação, a nova equipe econômica estuda a volta da contribuição. Assim, resolveria o problema de um déficit primário recorrente do setor público representando 0,5% do PIB. Somando-se às novas despesas contratadas para 2015, estaríamos falando de um déficit de 1% do PIB. Como a equipe econômica esta se comprometendo com um superávit de 1,2% do PIB, teríamos que ter a chamada "virada fiscal" de 2,2% do PIB, algo em torno de mais de R$ 100 bilhões.

Para quem tem sonhos diários com a volta da CPMF, parece que está se tornando realidade os 0,38%. Já existem 4 governadores (3 do PT e 1 PSDB) se articulando para pedir a volta da contribuição. Ainda, se olharmos nosso histórico, podemos ver que aqui é mais fácil ter um consenso para aumentar impostos do que para cortar gastos, fazendo com que os novos governos sempre engordassem a dívida deixada pelo seu antecessor.

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