domingo, 25 de maio de 2014

Concursos públicos do Estado do Rio Grande do Sul, de comprovação de registro no respectivo Conselho Profissional



Uma grande conquista aos profissionais registrados.

Lei Nº 14540 DE 21/05/2014

Publicado no DOE em 22 mai 2014

Dispõe sobre a exigência de comprovação de registro no respectivo Conselho Profissional, em concursos públicos do Estado do Rio Grande do Sul.

O Governador do Estado do Rio Grande do Sul.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembleia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

Art. 1º Em concursos públicos do Estado do Rio Grande do Sul, fica exigida a comprovação de registro Conselho Profissional, quando a vaga for para cargo que exerça prerrogativas de profissões regulamentadas.

§ 1º Excetuam-se da exigência prevista no "caput" os cargos ou empregos públicos que, em razão da função a ser exercida, possuam impedimento total ou parcial, previamente estabelecido em lei e/ou em estatuto que regulamente a referida atividade.

§ 2º A exigência prevista no "caput" se dará no momento da posse no referido cargo ou emprego público.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 21 de maio de 2014.

TARSO GENRO,

Governador do Estado.

Registre-se e publique-se.

CARLOS PESTANA NETO,
Secretário Chefe da Casa Civil.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Por que os alunos de economia se revoltaram (e o que querem)

Estudantes que apoiam o movimento pela reforma do ensino de economia se reúnem em Londres

Reproduzo na íntegra essa matéria, pois apoio incondicionalmente como economista e como professora. 

Manifesto assinada por 65 associações acadêmicas de 21 países pede para que "o mundo real seja trazido de volta" para as aulas de economia (publicado por revista exame)

"Não é apenas a economia mundial que está em crise. O ensino de economia também está, e as consequências disso vão muito além do âmbito acadêmico."
É assim que começa uma carta aberta assinada pelo ISIPE (sigla em inglês para Iniciativa Internacional de Estudantes para o Pluralismo Econômico) e divulgada no início do mês.

O grupo é formado por 65 associações de 21 diferentes países - entre eles Estados Unidos, Rússia, Índia e Reino Unido. O Instituto Nova Ágora, ONG que promove projetos de cidadania, assina pelo Brasil.

Os estudantes afirmam que o currículo da disciplina sofreu um "estreitamento dramático" nas últimas duas décadas e que isso prejudica a habilidade dos formados de encontrar soluções para os desafios do século XXI - como a "estabilidade financeira, a segurança alimentar e o aquecimento global".

Pluralismo

Eles pedem três tipos de pluralismo. O primeiro é teórico: a ideia é que o ensino deveria expor os alunos a perspectivas econômicas variadas - clássica, pós-keynesiana, marxista, institucional, ecológica, feminista - que hoje são excluídas em favor de uma visão única (a neoclássica).

Afinal, "ninguém levaria a sério um curso superior em psicologia que focasse apenas no Freudismo"

O segundo pluralismo é metodológico: a crítica é que hoje os estudantes só aprendem métodos quantitativos e nunca são expostos a métodos qualitativos que os fariam questionar seus pressupostos e conclusões.

O terceiro pluralismo é interdisciplinar: "economia é uma ciência social: fenômenos econômicos complexos raramente podem ser entendidos se apresentados em um vácuo, removidos do seu contexto histórico, político e sociológico."

Movimento

Esta não é a primeira iniciativa do tipo: a crise de 2008 causou um surto de reflexão em todas as facetas do mundo econômico, incluindo a educação.

Já no ano seguinte, o Instituto para o Novo Pensamento Econômico (INET) foi fundado com o apoio de figuras como George Soros e Paul Volcker. Entre seus objetivos está estimular a renovação da pesquisa e do currículo de economia.

Em 2011, estudantes de Harvard explicaram em outra carta aberta sua decisão de deixar o curso introdutório do professor Greg Mankiw.

No ano seguinte, estudantes da Universidade de Manchester começaram a Post-Crash Economics Society com o lema "o mundo mudou; a apostila, não". Outro grupo, o CORE-ECON, defende um ensino "como se as últimas três décadas tivessem acontecido".

Debate
Thomas Piketty, o economista francês que virou a sensação do momento com o livro "O Capital no Século XXI", diz que a disciplina "precisa superar sua paixão infantil por matemática e por especulação puramente teórica e com frequência altamente ideológica, em detrimento de pesquisa histórica e colaboração com outras ciências sociais".

Para o americano Paul Krugman, vencedor do Nobel de economia, a teoria keynesiana já trazia as ferramentas necessárias para diagnosticar e superar a crise financeira.

O ensino precisa rebalancear seu foco, sim, mas o problema maior foi que os políticos escolheram seletivamente as teses que cabiam nos seus interesses - como a de que austeridade levaria a crescimento no contexto de uma economia em depressão.

O manifesto do ISIPE diz que "a mudança será difícil - sempre é", mas a ideia é que assim como o ensino, o debate ultrapasse os muros da universidade.

Afinal, como escreveu o economista Paul Samuelson, "não me importo com quem escreve as leis de um país ou faz seus tratados, desde que eu possa escrever seus livros didáticos de economia."

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Chega! quero minha demissão.



Estar em um bom emprego, com bom salário, que te motive a aprender e crescer cada vez mais é o sonho de todos. Mas muitos empregos são verdadeiros pesadelos e faz com que nosso momento de parar e analisar seja imediato. Quero me demitir!. Obviamente que é uma situação delicada, mas se sentir desvalorizado, não estar num ambiente que se sinta bem e não ter perspectiva de crescimento financeiro e profissional, é o momento de tomar uma decisão. Para isso, é importante que sejam avaliados alguns aspectos para que não haja arrependimentos.

De acordo com a Coach Priscila Belizzi, o momento certo para pedir demissão é o momento em que você verifica que não tem mais paixão pela atividade que desempenha. Um profissional só responderá bem a suas demandas se gostar de seu trabalho e do que faz.
Ao analisar a continuidade ou não no atual emprego, é essencial que o profissional leve em consideração os seus valores, além do plano de carreira, diz Ylana Miller, professora do Ibmec.

O autoconhecimento é fundamental. Gostar do que faz não é suficiente. Cada um de nós tem valores, que devem ser respeitados ao realizarmos as nossas escolhas profissionais. Ser feliz ou ser “confortável”? Sair da zona de conforto e seguir a sua missão deve ser algo planejado.

Antes de tomar qualquer atitude mais radical, o profissional precisa verificar se no organograma da empresa há possibilidade de migrar para uma outra área que possibilite uma nova perspectiva pessoal dentro da companhia, uma área em que, além de promover um crescimento pessoal e profissional, permita que tenha uma visão mais ampla da cultura organizacional. Outro passo essencial antes de sair definitivamente da empresa, é averiguar se você tem uma reserva financeira para poder ter maior liberdade de escolher iniciar um novo negócio seu, empreender ou voltar ao mercado e analisar novas oportunidades de emprego.

O jornal El Clarín publicou mais alguns sinais que indicam a hora de buscar um novo emprego, leia e verifique se você está nessa situação:

A atividade que você exerce já não faz você vibrar, se sente entendiado e contando os minutos para chegar a hora de voltar para a casa;

Se não fosse o fato de depender do salário para pagar as contas no fim do mês, você já teria se aventurado a buscar novos caminhos;

Seus colegas de trabalho o irritam. É certo que nem todas as pessoas se dão perfeitamente bem, mas o ideal é que se busque a harmonia com os outros para conseguir fazer bem o seu trabalho.
O ambiente é desagradável. Todos enfrentam altos e baixos no trabalho, mas o descontentamento pode sinalizar um ambiente de trabalho deprimente ou mesmo o de uma empresa em perigo. Um ambiente de trabalho ruim reflete a cultura de toda uma empresa.

Se o seu trabalho atual não permite que você avance em direção às suas metas nem te oferece perspectivas para o curto, médio ou longo prazos, é melhor mudar para um outro trabalho que o coloque em um caminho mais claro.

Suas ideias não são levadas a sério, você não tem oportunidade de crescimento na empresa, o chefe te ignora, teus companheiros de trabalho te evitam, a empresa não te incentiva com cursos ou seminários, você foi deixado de lado na hora das promoções, te excluem de projetos e reuniões estratégicas. Então, por que continuar desperdiçando seu tempo, energia e boas ideias com esta organização?

Se não se sente valorizado. Um profissional merece levar crédito por seus êxitos. O reconhecimento é importante e as boas companhias implementam programas para que os funcionários saibam que são valorizados. Caso não sinta tal contrapartida no seu emprego atual, procure uma empresa que valoriza seus talentos.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Portabilidade de crédito entra em vigor nessa segunda-feira



Uma novidade passa a vigorar a partir dessa segunda-feira no sistema financeiro brasileiro: é a portabilidade de crédito. Ou seja, você poderá verificar as instituições que tem linhas mais atrativas para o tipo de empréstimo que você possui e migrar, incluído empréstimo habitacional com recursos do FGTS.

As regras já haviam sido regulamentadas pelo Conselho Monetário Nacional no final do ano passado, mas apenas entraram em vigor hoje. As regras valem para todos os tipos de crédito: consignado, crédito pessoal, financiamento de imóveis e de automóveis, entre outros, e até mesmo aqueles com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Essa medida irá estimular a concorrência entre os bancos e possibilitar uma redução nas taxas de juros em todas as operações.

Conforme as normas, tudo será feito de forma eletrônica pelos bancos, não tendo custos adicionais, uma vez que os bancos estarão proibidos de cobrar custos de transferência. Cabe salientar que a portabilidade não é refinanciamento. Na portabilidade o valor financiado e o prazo se mantém iguais, o que muda são os custos. Vale ressaltar que estes custos precisam ser bem analisados. Não só taxas de juros inclui no chamado CET (Custo Efetivo Total) que engloba, ainda, tarifas, impostos, seguros e outras despesas cobradas dos clientes. No caso do crédito imobiliário, também há custo com cartórios que é importante verificar. Peça a proposta por escrito, assim, você poderá verificar se será vantajoso ou não fazer a portabilidade.

A regulamentação ainda garante aos clientes a agilidade no processo. As instituições das quais os clientes estão saindo terão um dia útil para disponibilizar as informações solicitadas, com saldo devedor das operações de crédito, número do contrato, modalidades e taxas de juros cobradas, entre outras. Também terão cinco dias para fazer uma contraproposta ao cliente.