Depois de um dia fantástico em Passo Fundo, quando fomos muito bem recebidos para o XXXVI Encontro dos Cursos de Ciências Econômicas do RS, estou e volta para falar um pouco sobre a tão temida inflação. Mas será que ela deve ser tão temida mesmo?
A inflação sinaliza o aumento do nível dos preços, ou seja, é a média do aumento dos preços de um conjunto de produtos e serviços num determinado período. Ela pode ser classificada em três tipos: A Inflação de Demanda, quando os preços estão subindo porque as pessoas estão consumindo muito e não há produto suficiente para ser entregue, assim os preços sobem; A inflação de Custos: quando os preços da matéria-prima ou salários sobem, então as empresas repassam para o preço dos produtos; e a Inflação de Renda: quando as pessoas passam a ganhar mais, as empresas entendem que estas tem condições de pagar mais.
Eu concordo com o medo da inflação, principalmente pelas pessoas que viveram na década de 1980 e inicio da década de 1990, quando chegamos a atingir patamares acima de 80% de inflação em um único mês (vide gráfico abaixo), bem diferente daquilo que estamos vivendo hoje, quando temos que estar alertas a um possível descontrole. Mas ficar sem inflação também pode causar dano ao país. Imaginem que, se não há inflação, é porque as pessoas não estão comprando e isso pode gerar estagnação na economia, levando empresas a reduzirem suas produções, reduzirem quadro de funcionários, gerar desemprego e assim virando um ciclo, podendo chegar na miséria.
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