segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Cônjuge sócio, sim, uma boa idéia com alguns cuidados.


O empreendedorismo desflora e melhor ainda quando nosso cônjuge compra a ideia e unem-se as forças para montar um negócio junto. Mas é preciso conversar e alinhar objetivos, pois há grandes probabilidades do negócio ou do casamento darem errado.

Antes de se iniciar um negócio com seu marido ou sua mulher é verificar se os dois querem a mesma coisa, pois é uma decisão que tem de ser tomada em conjunto, assim como o casamento. Um dos principais desafios de uma pequena empresa familiar está no possível enfraquecimento das relações familiares, segundo professora Rania Labaki, da Universidade de Bordeaux na França.

Dentre as recomendações, as mais importantes são:

Tenha os objetivos alinhados: É um desafio ter uma rotina em comum dentro de casa e outra dentro de uma empresa. “É preciso ter regras bem definidas como se o outro sócio não fosse o cônjuge”. Expressar abertamente quais são os interesses no negócio é essencial para identificar quais sãos os valores comuns do casal. Rania conta que é preciso que ambas as partes saibam qual é o comportamento esperado necessário para alcançar as metas da empresa. 

Escolha bem o tipo de negócio: O casal precisa estar animado com a ideia do projeto e ter afinidade é imprescindível na primeira parte do processo. “A escolha tem que ser uma atividade que os dois tenham afinidade e que os dois gostem. Em seguida, eles devem fazer um plano de negócios”. Durante a elaboração do plano de negócios já é possível perceber quais são diferenças entre o casal que podem resultar em possíveis conflitos no futuro.

Verifique qual o estilo do parceiro: Se um é mais workaholic e impaciente que o outro, a probabilidade do casal ter alguma desavença é alta. Uma comunicação eficiente é a chave do sucesso para se adaptar à personalidade do cônjuge. “Quando não há respeito, você não ouve o que o outro tem a dizer e não tem como compartilhar e discutir sobre a empresa. A probabilidade do negócio e do casamento dar errado é muito alta”. Para Rania, é importante que as informações sejam trocadas abertamente e de forma que ambas as partes entendam.

Divida as funções: Normalmente, empreendedores são centralizadores por natureza. Geralmente, um é mais centralizador que o outro e com a falta de separação de funções, um assume tudo e reclama que a outra parte não faz nada. Por isso, é recomendável que as funções sejam atribuídas de acordo com as aptidões de cada um. Entretanto, há situações em que o casal tem habilidades semelhantes. Nesses casos, é ainda mais importante definir quem é responsável pelo o quê. 

Programe um tempo para cada um: O início de uma empresa demanda muita energia e dedicação do casal. Recomenda-se que os empreendedores conversem bastante no horário do expediente e tentem não levar assuntos da empresa pra casa.

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