Mas como esse valor tem um limite e a sua reposição anual é menor que a remuneração do salário mínimo, as pessoas tem recorrido a outros meios de garantir a sua renda no momento da aposentadoria, tais como a previdência privada. Uma boa opção, mas uma grande insegurança no longo prazo. Imaginem se no decorrer de sua vida ativa, a empresa quebrar? sim, há essa possibilidade, pois as empresas de previdência privada usam o seu dinheiro aplicando no mercado financeiro e, se escolherem opções de risco, como ações, podem trazer grandes danos aos caixas.
Mas quais seriam os riscos dessas empresas quebrarem? bem, sendo uma liquidação extrajudicial ocorre se for reconhecida a inviabilidade de recuperação da entidade de previdência complementar ou na ausência de condição para seu funcionamento.
No caso de reconhecimento da inviabilidade de recuperação, os participantes do plano têm privilégio especial sobre os ativos garantidores. Mas se a empresa já esta, comprovadamente, em condições financeiras precárias, é bem provável que os participantes percam todos os seus recursos aplicados. Em caso de ausência de condições de funcionamento, os participantes têm mais chances de recuperar os recursos aplicados, mas pode demorar muito por causa do andamento do processo.
Obviamente que nosso objetivo aqui não é assustar e sim alertar, pois agimos muito pela emoção e muitas vezes não tomamos os cuidados necessários. A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é responsável por fiscalizar essas empresas e faz isso com muita eficácia.
Então, se você tem ou gostaria de ter um plano de previdência privada, não deixe de analisar os seus extratos e seus rendimentos. Procure informações sobre a empresa antes de iniciar a relação. Verifique os rendimentos desses produtos e fuja daqueles que oferecem riscos. Pense que você está buscando conforto para o seu futuro, então gaste um pouco de tempo agora e evite dor de cabeça mais tarde.