terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Estudo se tornou a segunda maior dívida do brasileiro



Você estuda ou estudou em instituições privadas? Já calculou quanto foi o investimento que fez em si durante sua vida? não? então só por curiosidade, faça os cálculos e entenda por quê você demorou para ter um carro, uma casa ou fazer a sonhada viagem. Uma pesquisa revelou que dívidas com faculdade, escola e cursos aparecem na segunda posição do ranking dos gastos que levam os brasileiros a se endividarem.

A pesquisa realizada pela Vagas, empresa de tecnologia espeacilizada em recrutamento eletrônico que consultou cerca de 1.400 currículos entre a última semana de outubro e a primeira semana de novembro e constatou que 22% dos candidatos que pretendem obter renda extra com emprego temporário este ano querem pagar dívidas. Destes, 59% apontaram o cartão de crédito como motivo do endividamento, seguido pelo gasto com estudo, com 28% das respostas. O endividamento com mensalidade de escola, faculdade e curso está incrivelmente à frente até do cheque especial, do carnê e dos financiamentos para compra do carro zero e da casa.

O avanço da demanda por educação fica nítido no Censo da Educação Superior, divulgado pelo Ministério da Educação. No fim de 2012, havia no País 7 milhões de alunos matriculados em curso superior, a maioria (73%) em redes particulares de ensino. É quase duas vezes e meia o contingente registrado em 2001, quando 3 milhões de pessoas estavam nessa condição. Só de 2011 para 2012, o número de ingressantes nas instituições de educação superior cresceu 17,1%. Nos últimos dez anos, a taxa média anual de ingressos foi de 8,4%. Boom!!!. "A nova classe média ampliou a demanda por educação porque está pensando no futuro", afirma Alexandre Pierantoni, sócio da PwC Brasil e líder na área de private equity e educação. Ele observa que cursos de graduação, pós-graduação e de línguas são objetos de demanda da classe emergente, além de outros produtos e serviços básicos. 

Também a maior procura por educação faz parte do boom de consumo de tudo que houve no País: turismo, eletrodomésticos, carros, por exemplo. "O Brasil tem uma classe emergente que está consumindo mais, inclusive com mais oportunidade de cursar nível superior", observa. É que o brasileiro da nova classe média vê a despesa com educação não como um gasto, mas um investimento, explica Renato Meirelles, presidente do instituto de pesquisas Data Popular, voltado para as classes emergentes. Isso significa que esse desembolso é encarado por essa classe como uma possibilidade de melhoria do padrão de vida no futuro.

Uma opção ao estudante é recorrer a bolsas para pagar a faculdade. Muitas empresas pagam parte dos estudos para seus funcionários, mas é claro que exigem, com razão uma reciprocidade como notas altas. Outra forma de amenizar os custos é optando pelo FIES. Você poderá pagar seus estudos depois de formado a um juros muito baixo.

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