terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Companhias de olho para reter as mamães

 

O mercado de trabalho está cada vez mais sendo ocupado por mulheres e estas acabam tardando a maternidade. Estudar cada vez mais e a concorrência na empresa são algumas das razões que fazem as mulheres deixarem pra ser mãe mais tarde e, em alguns casos, até desistirem. Outro fator é a questão de ficar longe de seus bebês quando voltar a trabalhar, pois nem sempre conseguimos boas creches ou pessoas de confiança para ficar em nossas casas.

Preocupadas em não perder essas profissionais para a maternidade, as empresas estão apostando na ajuda às mulheres para que estas consigam conciliar a carreira e a vida pessoal, principalmente a presença das mulheres nos cargos de liderança. No Brasil, o auxilio mais oferecido é o auxilio creche ou auxilio babá por 81% das empresas. Poucas empresas já possuem estrutura própria para receber os filhos das colaboradoras, representando hoje 1% (dados da pesquisa da Towers Watson com 166 empresas nacionais e multinacionais com atuação no país, entre agosto e setembro deste ano).

Mas esses mimos ainda são poucos para as mulheres. As grandes companhias mundiais ainda garantem 12 meses de licença-maternidade, sendo uma realidade distante no Brasil, quando a licença maternidade de 6 meses ainda é facultativa e apenas 36% das empresas aderiram, as demais ainda mantém apenas o período obrigatório de 4 meses. O horário flexível também é um grande atrativo para as mamães, mas apenas 30% das empresas oferecem. Dessas, 7% oferecem o benefício por até três meses, 6% por até seis meses e 17% estendem para além de seis meses. A possibilidade de home office durante a gestação e após o vencimento da licença-maternidade só existe em 17% das empresas pesquisadas. Além disso, depois do nascimento do bebê, só 8% das companhias oferecem alguma ajuda de custo para as mães.

Um outro beneficio muito valorizado pelas mamães são os cuidados com a saúde, mas apenas 36% das corporações ouvidas no estudo oferecem palestras e programas voltados à prevenção de doenças direcionados ao público feminino. Em 77% delas, não há nenhuma iniciativa desse tipo direcionada a gestantes. Já para as funcionárias grávidas, apenas 29% das empresas têm postos de atendimento ou serviço de apoio com acompanhamento ginecológico ou psicológico, por exemplo. Outras 18% oferecem programas de acompanhamento nutricional para as gestantes.

A parte ruim é que em 42% das companhias não há qualquer isenção nas taxas de coparticipação do plano de saúde para as consultas do pré-natal. Apenas 20% delas praticam a isenção. Em outras 38%, já não existe coparticipação para o plano de saúde adotado. Apenas 27% das corporações oferecem benefícios para auxiliar no transporte das funcionárias gestantes. Dessas, 17% garantem vagas especiais no estacionamento da empresa, 7% disponibilizam estacionamento próximo ao local de trabalho, 2% trabalham com convênio ou reembolso de táxi e 1% com opções de transporte diferenciado.

Com relação ao bem estar das colaboradoras, 59% das empresas possuem convênios ou oferecem subsídios para programas de condicionamento físico. Dessas, 1% contam com projetos exclusivos ou diferenciados para o público feminino.  Além disso, 41% das empresas oferecem convênios, descontos ou promoções em salões ou produtos voltados à estética. Entre essas, 29% trabalham com fornecedores externos, 8% contam com estruturas no local de trabalho.

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